Nos últimos anos, o interesse dos brasileiros por equipamentos e casas inteligentes cresceu bastante. A ideia é deixar a vida mais prática, principalmente enquanto está passando mais tempo em seu lar.
Um estudo da AURESIDE (Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial) aponta que até 2023 deve crescer em 20% o uso de dispositivos IoT (Internet das Coisas).
Este aumento, inicialmente focado na economia de energia, chamou a atenção das construtoras. Elas encontraram um público diferenciado, com foco em residências mais modernas e práticas, menos fios visíveis e a facilidade de controlar tudo com a ponta dos dedos.
Apesar de ser uma novidade (não tão recente assim), a tendência faz parte da Indústria 4.0, como é chamada a quarta revolução industrial. A Internet das Coisas, que envolve o controle de objetos de uma residência com o uso de um aparelho celular conectado à internet ou bluetooth, é uma das modernidades citadas.
A verdade é que a IoT pode ser útil desde o desenvolvimento do projeto até a entrega da casa ou apartamento e até pouco tempo, residências automatizadas eram exclusividade dos imóveis de alto padrão.
No entanto, uma pesquisa realizada pela Hibou mostrou que, hoje, apenas 7,2% das casas contam com automação, mas, para 2026, é esperado que este número suba para 36,5%.
Mudança acontece de forma gradual
Qualquer modernidade assusta quando é apresentada. A questão piora quando os preços são mais elevados, pois, é uma tendência natural das pessoas olharem com certa desconfiança.
Essa situação não diferiu com a automação residencial, ainda mais no modelo tradicional. Por isso, as construtoras traziam a inovação apenas nos imóveis de alto padrão, focado no cliente de elevado poder aquisitivo e padrão de vida.
Para Luiz Cláudio Mazzini Gomes, diretor do Sinduscom-ES (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo), a resistência em testar os sistemas automatizados está em pensar se tratar de algo difícil. Quando é ofertado pelas construtoras, o futuro morador se recusa a testar a novidade, com medo de não conseguir utilizar.
Assim, o melhor é começar aos poucos, com tecnologias que fazem parte do dia a dia, como os assistentes de voz. Inclusive, na automação da Houseasy é possível integrar o assistente do Google ou a Alexa para auxiliar em coisas simples, como ligar o home theater.
As pessoas passam mais tempo em casa
A pandemia de Covid-19, iniciada em março de 2020, pode ter influenciado esta mudança de foco das construtoras. A explicação é bastante simples, as pessoas estão passando mais tempo em casa.
Se antes havia o interesse nos chamados “imóveis dormitórios”, pequenos apartamentos, perto do trabalho, usados apenas após o expediente, agora as pessoas querem casas maiores.
A residência passou a ser o local em que permanecem mais tempo, então, precisa contar com um escritório e outras facilidades para os moradores. Mesmo nos apartamentos, já existe o interesse em um ambiente prático, no qual seja possível fazer tudo sem deixar o lar.
Para 2021, há a previsão de crescimento de 14% no número de residências conectadas ao nível mundial. No Brasil, é esperado um aumento de 21%, já previsto anteriormente em pesquisas da AURESIDE.
O que seria uma casa do futuro
Casas ou imóveis do futuro são sustentáveis, acessíveis e tecnológicos. Aliam o estilo de vida do morador (como visto acima, passa mais tempo em casa) com a inovação.
Como as pessoas mudaram o foco sobre suas residências e desejam mais qualidade de vida, as construtoras precisaram se adaptar. Muitas tecnologias eram encontradas apenas nos imóveis de alto padrão, mas, agora, precisam estar disponíveis para quem quiser e estiver disposto a experimentar.
Assim, as construtoras enxergaram a oportunidade de entregar empreendimentos que promovam qualidade de vida, com preços acessíveis e modernidades. Em uma casa do futuro é possível encontrar:
Espaço para o escritório
O escritório virou um pré-requisito para quem está trabalhando direto de casa. A ideia é um espaço com “cara de home office”, bom isolamento acústico e iluminação de qualidade.
Tecnologia com foco no conforto
São pequenas coisas no dia a dia do morador, como aquecimento do piso nos banheiros, irrigação automática, desembaçador de espelhos e toalheiro térmico.
Abertura de cortinas com comando eletrônico
Parte dos recursos de automação, abrir e fechar cortinas sem precisar sair da cama, com alguns cliques do celular, já é uma realidade.
Acionamento automático de ar-condicionado
Cada ambiente da casa com a temperatura ideal. O ar-condicionado pode ser controlado pelo celular ou tablet.
Programação de acendimento de luzes
Focado também na sustentabilidade e economia de energia, as residências do futuro já são construídas com sensores para a iluminação. Assim, as luzes acendem (ou apagam) de acordo com a presença de alguém no ambiente.
Comodidades nas áreas comuns
No caso dos condomínios, as construtoras pensaram na comodidade nas áreas comuns. Recursos para recebimento de delivery, climatizados, para o alimento se manter na temperatura ideal, até a retirada pelo morador, já são uma realidade. O Wi-Fi e as tomadas USB são outros exemplos, por enquanto, vistos nos imóveis de luxo.
Construtoras que aderiram à automação
A MRV, a HUPI, a Tecverde e a TMA foram quatro empresas que decidiram se aventurar e trazer mais inovação em seus projetos. Rodrigo Resende, diretor de novos negócios da MRV, comentou: “entendemos que a relação das pessoas com o lar está em constante transformação e esse movimento se intensificou ainda mais durante a pandemia. A inovação é um de nossos pilares e buscamos constantemente por soluções e tecnologias que possibilitem ao cliente uma experiência única em seu lar.”
Em Vitória, a TMA Construtora inovou em seu edifício de alto padrão, o M089, construído no final de 2020, em homenagem ao músico Maurício de Oliveira.
Para Alexsander Tuma, diretor administrativo da empresa, o “objetivo é oferecer mais qualidade de vida para os futuros moradores. Por esse motivo, investimos em inovação tecnológica de ponta como a automação residencial para o controle de todos os equipamentos eletrônicos do apartamento.”
Automação residencial e a valorização dos imóveis
Uma das vantagens da automação residencial é valorizar o imóvel. O resultado observado é: o comprador ou inquilino enxergar o valor agregado e se interessar em investir mais neste local.
Segundo a AURESIDE, “existe um potencial atual para o fornecimento de equipamentos para 1,8 milhão de residências. Estima-se que cerca de 300 mil residências no Brasil já possuam equipamentos de automação residencial.”
Significa que ainda existe um mercado a ser explorado, com interesse em aderir à tecnologia, conforme a pesquisa da Hibou. Lígia Mello, responsável pelo estudo, ressaltou: “a casa do futuro reúne a comodidade de uma casa aconchegante e sustentável com as tendências tecnológicas que, em breve, farão parte da maioria dos lares do Brasil.”
No caso das construtoras, também é possível atingir os investidores, pessoas interessadas em ter um retorno na compra e aluguel de casas e apartamentos. Eles procuram pelo que há de mais moderno e querem um retorno sobre o valor investido, uma garantia de valorização. E a automação pode contribuir com isso.
Como você pode ver, as construtoras já perceberam o quanto a automação residencial é interessante para a entrega de empreendimentos com maior qualidade de vida.
De qualquer forma, mesmo uma casa mais antiga pode experimentar a modernidade. Vem com a Houseasy descobrir todos os benefícios de automatizar o seu lar.